Panorama da aquicultura no Brasil em 2025

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A aquicultura, em sua essência, representa o cultivo controlado de organismos aquáticos de uma vasta gama de espécies, desde peixes e crustáceos até moluscos e algas.

Essa prática milenar, que se adapta a diferentes ambientes aquáticos, como marinhos, de água doce e salobra, tem como objetivo principal a produção de alimentos, além de outras aplicações, como a recomposição de estoques pesqueiros e a produção de matéria-prima para diversas indústrias. Duas espécies marinhas são as estrelas da produção no Brasil: tilápias e camarões.

Carcinicultura no Brasil

A produção de camarão de pequeno porte possui a família como foco central, sendo o trabalho realizado pelo próprio proprietário e membros da família. A venda do camarão por pequenos produtores tende a ser feita com o pescado inteiro, no gelo, ou por meio das marisqueiras que processam o produto e o comercializam principalmente em feiras.

O cultivo do camarão familiar no Nordeste foi estimulado a partir da crise do sal, que levou à doação ou venda de áreas de salinas para famílias locais de baixa renda. Num primeiro momento, as salinas foram utilizadas para o cultivo de peixes, mas com a valorização e expansão do cultivo do camarão marinho da espécie vannamei, a produção foi convertida para o crustáceo.

A criação de peixes no país

O consumo de peixe oferece uma série de benefícios para a saúde. O alimento é uma importante fonte de proteínas e vitaminas, além de ser rico em ácidos graxos e ômega 3, nutrientes essenciais para a manutenção de diversas funções vitais do organismo.

De acordo com um estudo realizado por um instituto de pesquisa da Suécia, publicado em setembro/24 na revista Communications Earth & Environment, algumas espécies marinhas possuem valor nutricional maior do que qualquer outro tipo de carne. Por esse motivo, os especialistas recomendam o consumo de pescados pelo menos 3 vezes por semana.

Os pesquisadores avaliaram 41 espécies marinhas de água doce e salgada. Entre elas, o salmão, o linguado, a sardinha, a anchova e a tilápia foram considerados excelentes fontes de proteína. A pesquisa também destacou a presença de selênio, iodo, vitamina D, vitamina B12, ferro, zinco e fósforo.

As tilápias são peixes criados para alimentação humana e sua carne é bastante apreciada, pois é leve e saborosa. Entre a fase de recria e engorda, que pode durar de 4 a 8 meses, as tilápias são abatidas com o peso entre 700g e 1kg, com ganho médio diário de 4 a 5g. A Tilápia do Nilo é uma das espécies mais procuradas para criação em escala industrial por apresentar rápido crescimento, grande rusticidade, fácil manejo e alto rendimento.

No Brasil, a aquicultura tem suas raízes nas práticas indígenas de manejo de recursos aquáticos, que incluíam a construção de represas e a transferência de peixes entre corpos d’água.

A partir do século XX, a aquicultura brasileira passou por um processo de modernização, com a introdução de novas tecnologias e a expansão da produção de espécies como a tilápia e o camarão.

Nas últimas décadas, o país tem se destacado como um importante produtor de aquicultura, com grande potencial de crescimento, impulsionado pela diversidade de recursos hídricos e pela crescente demanda por produtos aquícolas.

A aquicultura moderna tem se beneficiado de avanços tecnológicos em áreas como genética, nutrição e manejo sanitário, aumentando a produtividade e a eficiência da produção.

No entanto, a atividade ainda enfrenta desafios importantes, como a necessidade de garantir a sustentabilidade ambiental, a segurança alimentar e o bem-estar animal.

O caso da Piscicultura Igarapé

A Piscicultura Igarapé, de Minas Gerais, foi criada há mais de 40 anos pelo pai de Lucas Pimenta, que está à frente da empresa há 17 anos. O negócio começou com foco em reprodução de alevinos e cursos técnicos.

Aos poucos, Lucas ampliou o escopo, e a Igarapé se transformou em distribuidora de produtos de multinacionais parceiras do setor, representante de rações para peixes, e também passou a executar projetos de instalação, manutenção e consultoria para quem deseja iniciar na criação de tilápias em tanques suspensos e reservatórios.

Lucas revela que mais de 80% dos produtores são de pequeno porte, reflexo do pouco tempo da atividade enquanto produção comercial:

“Quando vamos numa fazenda, o proprietário já tem outras criações mais comuns: porcos, gado ou aves. A piscicultura quase sempre entra como uma quarta opção para complementação da renda.”

Segundo ele, o consumo de pescado no Brasil cresceu mais de 60% nos últimos 10 anos.

“A produção no país não atende à demanda interna.”

Ainda assim, devido à rentabilidade favorecida pelo câmbio, produtores nacionais já iniciam exportações, principalmente de tilápias. Em 2024, a piscicultura brasileira exportou 94% em tilápias, com receita de US$ 55,6 milhões e 12.792 toneladas embarcadas.

O uso essencial da geomembrana na criação

Lucas destaca a importância das geomembranas na impermeabilização dos reservatórios:

“Antigamente só criava peixe quem tinha muita água ou terreno com porcentagem alta de argila.”

Hoje, com as geomembranas e técnicas corretas de instalação, qualquer pessoa com acesso mínimo à água pode criar peixes.

“Nesses tanques podemos criar peixes com sistema de recirculação com filtragem da água ou com sistema de bioflocos, que consiste em criar bactérias que convertem amônia em nitrito e nitrato, mantendo as boas condições da água.”

Nos tanques suspensos, por exemplo, só foi possível viabilizar a produção com a geomembrana.

Há também o sistema semi-intensivo, com troca parcial da água.

Para quem quer iniciar, Lucas alerta:

“Pode ser por lazer ou comercialmente. Se o caso for criação em busca de resultado financeiro, o crucial é planejamento. Tenho dados que mostram que a maioria das criações fecham em menos de um ano exatamente por falta de estudos preliminares.”

“Definir o local e o investimento, analisar o mercado e, principalmente, saber para quem vai vender é o mínimo que todo postulante precisa fazer.”

A aquicultura brasileira vive um momento de evolução e grande potencial, com destaque para a criação de tilápias e camarões. Mas por trás de toda produção bem-sucedida, existe um fator fundamental: estrutura adequada e tecnologias que garantem eficiência, economia e sustentabilidade.

Nesse cenário, o uso de geomembranas se destaca como uma solução indispensável — tanto para tanques suspensos quanto para reservatórios escavados. É ela que permite controlar melhor o ambiente, reduzir perdas e abrir novas possibilidades mesmo em áreas com pouca disponibilidade hídrica.

Se você quer dar o próximo passo na sua produção aquícola com mais segurança e durabilidade, conheça as geomembranas da Lonax. Nossos produtos são referência no mercado e já ajudam milhares de produtores em todo o Brasil a transformar seu potencial em resultado.

Da redação Lonax Play.
Lincoln Gomide, Jornalista Responsável.
Com revisão da equipe de Comunicação da Lonax.

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