São Luís – Cultura para o mundo

Palácio dos Leões

A capital do Maranhão foi reconhecida como Patrimônio Cultural Mundial pela Unesco em 1997 por aportar o testemunho de uma tradição cultural rica e diversificada, além de constituir um excepcional exemplo da cidade colonial portuguesa, com traçado preservado e conjunto arquitetônico representativo. Por se tratar de uma cidade histórica viva, pela sua própria natureza de capital, São Luís se expandiu, mas preservou a malha urbana do século XVII e seu conjunto arquitetônico original.

Em toda a cidade, são cerca de quatro mil imóveis tombados: solares, sobrados, casas térreas e edificações com até quatro pavimentos.

Tombado pelo Iphan, em 1974, o Centro Histórico de São Luís – localizado na ilha de São Luís do Maranhão, na Baía de São Marcos – é um exemplo excepcional de adaptação às condições climáticas da América do Sul equatorial e tem conservado o tecido urbano harmoniosamente integrado ao ambiente que o cerca. O conjunto delimitado pelo perímetro do tombamento federal, com cerca de 1.000 edificações, possui imóveis de grande valor histórico e arquitetônico, a maioria civil, construídos no período colonial e imperial, com características peculiares nas soluções arquitetônicas de tipologia, revestimento de fachadas e distribuição interna.

São conjuntos homogêneos remanescentes dos séculos XVIII e XIX, quando o Estado do Maranhão teve participação decisiva na produção econômica do Brasil como um dos grandes exportadores de arroz, algodão e matérias-primas regionais. Nessa época São Luís foi considerada a quarta cidade mais próspera do Brasil, depois de Salvador, Recife e Rio de Janeiro. Os mais representativos exemplares da arquitetura de São Luís datam, sobretudo, da segunda metade do século XIX – sobrados de fachadas revestidas em azulejos portugueses que estão entre os aspectos mais peculiares da expressão civil maranhense.

Por meio do estilo tradicional português, criou-se uma arquitetura única, pela generosidade dos materiais construtivos utilizados e soluções ambientais adotadas. A arquitetura histórica da cidade prima pela adequação ao clima, com o aproveitamento máximo da sombra e da ventilação marítima. O centro mantém o seu tecido urbano preservado com todos os elementos que o caracterizam e lhe conferem singularidade. Destaca-se o uso do azulejo, entre outros aspectos, e as dimensões que transmitem sua importância no processo de ocupação territorial da região.

Fundada em 1612 pelo francês Daniel de La Touche (cujo objetivo dentro do contexto da economia mercantilista era estabelecer a França Equinocial) a capital maranhense recebeu seu nome em homenagem ao então Rei da França, Luís XIII. O núcleo original da cidade foi implantado na cabeça de um promontório formado na confluência dos rios Bacanga e Anil e banhada pela Baía de São Marcos.

A cidade foi conquistada e incorporada ao domínio português, em 1615, apenas três anos após a sua fundação pelos franceses. Nesse ano, o engenheiro português Francisco Frias de Mesquita projetou o seu traçado original, mantido no período de expansão urbana dos séculos XVIII e XIX. Ainda no decorrer do século XVI, a cidade sucumbiu ao domínio holandês que foram expulsos pelos portugueses em 1645, quando se inicia, efetivamente, a colonização portuguesa da antiga Upaon Açu (Ilha Grande), segundo a denominação tupinambá para a Ilha de São Luís.

Nascida no mar, caracterizada como porto fluvial e marítimo, à semelhança de outras cidades brasileiras da época colonial, a capital do Maranhão desempenhou importante papel na produção econômica do Brasil Colônia. A tipologia arquitetônica que corresponde aos séculos XVIII e XIX difere, em muito, das casas em taipa e madeira que caracterizam os edifícios de caráter civil do século XVII; constituem-se em sólidas construções em alvenaria de pedra e argamassa com óleo de peixe, serralheria e cantarias de lioz de origem e madeira de lei.

Monumentos e espaços públicos tombados: Palácio dos Leões, a Catedral (antiga Igreja dos Jesuítas), Convento das Mercês, Igreja e Convento do Carmo, Teatro Artur Azevedo, Casa das Minas, Casa das Tulhas e a Fábrica de Cânhamo estão entre os principais de São Luís do Maranhão.

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