Marketplace é uma loja virtual onde o cliente consegue escolher um produto, pagar e acompanhar o recebimento. Praticamente todas as lojas físicas de outrora, mesmo as mais tradicionais, desenvolveram suas lojas pela web. Algumas, mais modernas, renunciaram a pontos em ruas e shoppings e só atendem virtualmente.
Em época de marketing 4.0 onde o cliente é o centro das ações de compra e venda e detém cada mais o poder, a venda online expõe à loja ao crivo de quem compra e experimenta não só o produto ou serviço, mas o próprio ambiente de compra virtual e faz seu juízo e julgamento em tempo real, o que exige da empresa virtual ainda mais eficiência e acerto.
Diferença entre e-commerce e marketplace
Uma boa analogia para diferenciar os dois conceitos é que o marketplace é o shopping center, o e-commerce, a loja. Nesse aspecto o marketplace reúne diversas marcas e produtos e estas competem entre si pela atenção do internauta comprador.
Já o e-commerce está relacionado a uma loja e oferta específica, assim como todas as ações que ela se utiliza para otimizar suas vendas.
É vantajoso para uma empresa estar presente num marketplace – mesmo sendo este focado em produto sem privilegiar esta ou aquela marca, por maior que seja – pois sempre conseguirá vender algum de seus produtos motivado por impulso ou conveniência do comprador, que ao acessar um site com mix múltiplo, pode escolher um produto seu.
Surgimento do marketplace
Foi no início da década de 1990 que surgiram nos Estados Unidos os primeiro mercados virtuais, como estratégia para se vender na web. Amazon e eBay são dois bons exemplos. A explosão mundial do uso dos smartphones fez esse mercado disparar.
Aqui no Brasil o início se deu 10 anos depois, no início da década de 2000, com o advento do Mercado Livre e do Submarino. Não demorou muito para que grandes varejistas físicos adotassem a estratégia do e-commerce: Americanas, Magazine Luiza, entre outros gigantes do varejo.
Pandemia impulsionou o comércio online
Com o advento do coronavírus em 2019 e as consequentes restrições de contato e de comércio físico, as vendas online receberam um enorme impulso.
No Brasil, especificamente, o crescimento foi descomunal. De acordo com dados oficiais, o setor de vendas online cresceu quase 70% em apenas um ano. O faturamento atingiu a casa do R$ 73 bilhões no período entre 2019 e 2020.
No ano seguinte foi registrado um recorde da empresa Shopee que cresceu inacreditáveis 1.852%. No mesmo período vale destacar o e-commerce das Casas Bahia, conhecida rede varejista nacional com foco em produtos populares, com receitas que geraram alavancagem na casa dos 116%, portanto mais que dobrando seu tamanho original.
Outros conhecidos gigantes varejistas também registraram aumentos entre 33 e 36%, como foram os casos do Extra e Magalu.
O funcionamento do marketplace
O modo mais comum é o de parceria: a plataforma cede sua vitrine digital para diversas marcas e lojas varejistas e cuidam da publicidade, fechamento e logística de entrega e recebimento. Em troca de porcentagem nas vendas.
A visibilidade é um dos pontos fortes desse modelo, pois como num shopping multimarcas é possível encontrar qualquer produto nas gôndolas virtuais, o que aumento o fluxo de internautas/prospects.
Por vezes um cliente entra num marketplace para procurar um produto e acaba se encantando e comprando outro. Exatamente com ocorro num shopping center físico.
O suporte técnico e a expertise da empresa de tecnologia que faz a gestão do marketplace é outra grande vantagem, pois o varejista ou mesmo o fabricante não precisa investir em canais digitais para distribuir e vender. É uma terceirização que envolve parceria de resultados e todas a partes saem ganhando.
Se a empresa varejista ou mesmo a indústria já vende em canais físicos, ampliar a distribuição de sua marca e produtos e serviços através dos canais de marketplace aumenta certamente o resultado e não pode ser desprezada por nenhuma empresa moderna.
Marca oculta no marketplace
Num marketplace, a marca da gestora do canal se sobrepõe à todas as outras, em particular dos fabricantes e grandes varejistas. O foco é sempre no produto, portanto não há como expor a sua marca quando você decide vender nas gôndolas virtuais de um Mercado Livre, por exemplo. Não há estratégia de marca ou de branding nesse canal, e é um problema numa era em que se busca estar presente na memória afetiva de todo e qualquer consumidor.