Dropshipping

Dropshipping é o modelo de negócio em que a loja vende produtos de forma online sem precisar manter estoque para realização dessa venda. Em resumo; você trabalha como um promotor, o estoque não fica com você. De fato você só vai precisar adquirir o estoque depois da compra. Produto parado no almoxarifado à espera de cliente é dinheiro parado e muitas vezes desperdiçado e perdido.

O conceito central do modelo não é novo. Mesmo de forma offline, antes da internet, já era possível ser intermediário no processo de venda entre duas partes. Ocorre que o ambiente online tornou esse processo simples, rápido e mais acessível.

Este modelo de negócio funciona da seguinte forma: primeiro, você escolhe o produto que irá vender e, em seguida, monta uma loja online para oferecer esse produto no mercado de sua escolha.

Em seguida, você atrai o público para sua loja utilizando ads (anúncios) nas redes sociais e de forma orgânica. Quando você realizar uma venda será enviada uma ordem de compra do produto para o fornecedor, que após receber o pagamento encaminhará o produto diretamente para o cliente.

Se for o caso de um produto crescente em vendas, vamos chamá-lo de winning product ou produto vencedor. Então você irá escalar esse produto para que alcance mais pessoas no segmento de clientes que está gerando mais vendas.

Ao mesmo tempo você seguirá produzindo conteúdo, atualizando suas redes sociais e construindo sua marca no mercado.

Enquanto no modelo de varejo tradicional você teria que montar uma loja física, pagar aluguel do espaço, adquirir a mercadoria sem a certeza imediata da venda, contratar e treinar vendedores, ter gastos trabalhistas, entre outros, neste modelo você terá o custo de manter uma loja online, que é ínfimo: contratação de apps (aplicativos) para automatização do processo, além do investimento em publicidade online.

O modelo dropshiping é inteligente, facilitador e amigável, uma vez que fica mais viável e racional por reduzir o investimento inicial (montagem de uma loja física), além de ser potencialmente escalável para todo o planeta.

Branding

Algumas empresas fazem parte da nossa vida. Por meio dos produtos que consumimos, das viagens que fazemos, dos filmes que assistimos, tornamo-nos pertencentes a um grupo, que compartilha valores e significados.

Um exemplo de empresa cheia de símbolos e que gera significado para muitos é a Disney. Não é à toa que seu principal objetivo é “tornar as pessoas felizes”. Em poucas palavras, representa sua missão, que é cumprida tão bem, explorando sonhos e a imaginação no mundo inteiro.

Seus filmes batem recordes de bilheteria com um conteúdo e uma mensagem que encantam. Levam seus usuários a experiências sensoriais e até às lágrimas. Mas lágrimas que lavam a alma.

O Rei Leão se enquadra muito bem nesta representação. Lançado em 1994, concorreu em orçamento (U$ 45 milhões) e atenção com Pocahontas, lançado em 1995, que tinha à sua disposição a equipe de produção principal e recursos superiores (U$ 55 milhões).

Apesar de ter sido um projeto secundário, a receita de bilheteira de O Rei Leão chegou a U$ 968 milhões, ultrapassando a renda de Pocahontas, que ficou com U$ 346 milhões.

O Rei Leão foi inspirado na peça Hamlet na qual o príncipe da Dinamarca luta contra o tio que matou o irmão (pai de Hamlet) para assumir o trono. Essa e outras semelhanças podem ser vistas ao comparar as duas obras.

Um dos ensinamentos do filme é que os problemas não enfrentados não ficam para trás, e que é preciso encarar as situações do cotidiano. Apenas quando enfrentamos os desafios é que crescemos.

A medida que Simba cresce, ele se vê incomodado pelos problemas que abandonou e entende que precisa enfrentá-los. Os problemas de nossas vidas são uma fonte de grandes oportunidades de mudança de patamar, seja em questões pessoais ou profissionais, pois exigem “pensar fora da caixa” ou – na linguagem de startup – as vezes não basta nem pensar fora da caixa, é necessário “chutar a caixa”.

Este é apenas um exemplo de “filmes para crianças” que trabalha temática e traz ensinamentos preciosos. A Disney cumpre seu papel com excelência, um case internacional de sucesso, com a fórmula: tornar as pessoas felizes e fazer do mundo um lugar melhor.

Gosto de falar da Disney quando falo de branding porque é um dos maiores casos de sucesso do mundo nesse assunto. Seus filmes, parques, livros inspiram os valores que eles se se propõem a produzir.

Em seu livro Digital Branding, Daniel Rowles define brand como derivado da palavra norueguesa “brandt”, que significa queimar, usada no sentido de marcar o gado, utilizando um ferro incandescente, com a identificação do dono do animal.

Essa é uma definição interessante quando pensamos no conjunto de crenças, imagens, símbolos, experiências, ideias que são construídas em volta da marca e formam sua personalidade.

Quando trago a ideia de brand para dentro do ambiente de dropshipping, o termo parece soar inadequado para alguns, uma vez que muitos usam esse modelo de negócio para ganhar um dinheiro rápido e fazem de qualquer jeito, sem olhar o longo prazo; assim canibalizam o mercado ao entregarem uma experiência muito pobre para o consumidor.

Mal sabem que a melhor forma de ganhar dinheiro em lojas de dropshipping é justamente cuidar para que a loja não se pareça com as lojas de dropshipping atuais.

Na verdade, o cuidado com o branding deveria ser maior, uma vez que neste mercado o consumidor e a loja estão 100% no digital. Nessa lógica, Daniel Rowles define o conceito de digital branding, que é a personalidade da organização, serviço ou produto resultante da soma de todas as experiências que um indivíduo tem com a marca.

Assim, oriento que você tenha esse cuidado com a sua loja online. Ela precisa ser uma marca que ficará enraizada nos consumidores que buscam o seu produto. Essa presença, chamada de identidade da marca, deve ser construída no meio digital com sua operação internacional. Ela vai otimizar as vendas, mesmo sem tanto investimento em anúncios, pois uma vez que estejam conectados com essa identidade os consumidores farão parte de sua comunidade e, dessa forma, devem seguir no caminho rumo à fidelização à sua marca.

 

Texto adaptado para o blog Lonax sob autorização do autor. Thiago Cardoso é graduado em Administração (CEFET), Especialista em Gestão da Qualidade (PUC) e Mestre em Administração. Atuou na Fiat, Chrysler, CEMIG, Grupo Kroton entre outras grandes empresas. Preferiu empreender no mundo digital, se tornou autor de livros e digital influencer com mais de 10 mil seguidores no LinkedIn.

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