3 melhores dicas para evitar perdas na colheita do trigo

Como muitos sabem, entre os meses de setembro e janeiro se dá o período de colheita do trigo, que representa uma das maiores culturas de inverno do país e faz parte da rotação de culturas nas regiões Sul e Sudeste do Brasil.

Contudo, existem especificidades no processo de colheita e pós-colheita que devem ser seguidas para que se garanta a qualidade dos grãos e um bom aproveitamento da safra. No texto de hoje falaremos um pouco sobre esse processo e apresentaremos boas dicas para evitar perdas na colheita do trigo. Não deixe de ler até o final.

Como evitar perdas?

As perdas durante a colheita do trigo se dão, em poucas palavras, pela umidade dos grãos. A manutenção e o controle dessa umidade podem se dar tanto pela escolha certa para o momento da colheita quanto pelos cuidados com a armazenagem do produto.

A seguir, você pode conferir 3 dicas para realizar uma colheita de sucesso!

1. Conheça a umidade certa para o momento da colheita do trigo

O trigo atinge a maturidade quando seus grãos se encontram com 40% de água em sua composição. No entanto, é importante estar atento, pois, de acordo com as recomendações da Embrapa — Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária —, se a intenção é minimizar perdas quantitativas, o trigo deve ser colhido quando os grãos estiverem com 13% de umidade.

Do ponto de vista qualitativo, por outro lado, de acordo com um estudo intitulado “Influência da umidade de grãos de trigo sobre as perdas qualitativas e quantitativas durante a colheita mecanizada”, publicado pela Ambiência — Revista do Setor de Ciências Agrárias e Ambientais —, os grãos de trigo colhidos aparecem amassados ou quebrados em menor número quando colhidos com cerca de 16% de umidade.

2. Escolha o processo de secagem ideal

Após a colheita do trigo, os grãos passarão por um processo de limpeza, que tirará pedaços quebrados, pedras e outras impurezas do lote, e então passarão pela secagem, que consiste em diminuir o teor de umidade do grão para garantir o armazenamento seguro por um tempo mais longo.

A secagem pode ser feita com ar aquecido ou ar natural. A opção de ar natural é mais barata e não apresenta riscos de danos devido a temperatura, mas, ainda assim, pode ser arriscada caso demore demais e a umidade chegue a ocasionar danos aos grãos. Dessa forma, ela não é recomendada em locais onde a umidade relativa do ar é alta.

A secagem com ar aquecido é mais complexa e apresenta possibilidade de danificação dos grãos devido a temperatura, que, portanto, não deve ultrapassar 60 ºC na massa de grãos.

É importante notar que a remoção da umidade dos grãos de maneira muito rápida pode gerar perdas, portanto, para grãos que vão para secagem com 20% de umidade, as temperaturas devem ser mais baixas enquanto que, para grãos cujo estado inicial é de cerca de 15% de umidade, as temperaturas podem estar mais próximas do limite.

3. Atenção aos cuidados de armazenamento

Os grãos de trigo se deterioram mais rapidamente quando armazenados com altas temperaturas e umidade e, frente a esse fato, recomenda-se que a armazenagem seja realizada com teores de água inferiores a 13% e temperaturas em torno de 18%. Essas condições colaboram para evitar a oxidação dos grãos e também pragas como fungos e insetos.

Em suma, é muito importante ficar atento à umidade a cada passo do processo e também realizar um bom controle de temperatura para evitar perda de grãos.

Gostou do nosso conteúdo sobre a colheita do trigo? Então leia nosso artigo a respeito do controle biológico de pragas na agricultura e entenda ainda mais sobre como cultivar alimentos da melhor forma!

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