As cataratas do Iguaçu são formadas por um conjunto de quedas do Rio Itaipu, que em tupi-guarani significa “água grande”. São 275 saltos que estão localizados entre o Parque Nacional do Iguaçu, no Paraná, e o Parque Nacional Iguazú, em Missiones, na Argentina, bem na fronteira entre os dois países.
A área total somadas é de 250 mil hectares, composta por floresta subtropical.
A história conta que o primeiro europeu a descobrir as Cataratas do Iguaçu foi o espanhol Álvar Nunes Cabeza de Vaca, no século XVI, em 1541.
Segundo maior polo e Patrimônio da Humanidade
As Cataratas são o segundo local mais visitado por estrangeiros no Brasil.
O parque argentino foi criado em 1934, enquanto o brasileiro apenas 5 anos mais tarde. Ambos têm a missão de proteger e administrar o manancial de água e toda a flora e fauna locais.
Os dois parques foram considerados Patrimônio da Humanidade na década de 80.
São 18 km que o rio percorre antes de se juntar ao Paraná para se precipitar por quedas com até 80 metros de altura além de atingir uma largura máxima de quase 3 km. Sua idade é elevada, data de 150 milhões de anos, mas a formação de sua característica topográfica é mais recente: 200 mil anos.
A lenda por trás das quedas
Reza a lenda tupi-guarani que as Cataratas do Iguaçu foram criadas a partir de uma história de amor. O rio Iguaçu corria manso e sem cachoeiras e em suas margens viviam os índios Caingangues. Eles acreditavam que seu pajé era o Deus Serpente.
Ignobi, cacique da tribo, tinha uma filha chamada Naipi que iria ser consagrada num culto ao Deus Serpente. Mas Tarobá, jovem guerreiro da tribo, se enamora de Naipi e foge com ela de canoa rio abaixo.
Enfurecido, o pajé teria se transformado numa poderosa serpente, se retorcido no interior da terra, desmoronou parte do leito do Rio e transformou Tarobá num palmeira plantada junto a margem e Naipi em uma pedra junto à grande cachoeira que foi formada. Ambos estariam até hoje distantes sem poder se tocar e Naipi açoitada constantemente pela força das águas.
Maravilha do Mundo ocupa dois países
Acima das cataratas, o rio Iguaçu mede até 1.200 metros da largura. Abaixo fica muito mais estreito e chega a apenas 65 metros.
As cataratas ocupam dois países: Brasil e Argentina. Do nosso lado elas medem 800 m, enquanto do lado portenho chegam a ter 1.900m. A altura das quedas varia entre 40 e 80 m. Dependendo do volume das águas, o número de quedas vária e chega a 100, com média vazão.
Por falar em vazão, ela fica em torno de 1.500 m³ por segundo, mas pode chegar a 8.300 m³ em épocas de chuvas intensas e cheias. O período de maior vazão ocorre entre outubro e março.
São 19 os saltos principais das cataratas. Cinco deles ficam no lado brasileiro.
As Cataratas participaram da campanha mundial pela escolha das 7 Maravilhas do Mundo. Chegaram a figurar entre as 28 finalistas.
Garganta do Diabo
É a queda com o maior fluxo das Cataratas. Ela se apresenta em forma de “U” invertido, com 150 metros de largura com 80 de altura. Está localizada do lado brasileiro. É a mais impressionante de todas e marca a fronteira com o lado argentino.
Numa visita às Cataratas, a primeira-dama dos EUA à época. Sra. Eleanor Roosevelt, teria dito “pobre Niágara”. As Cataratas foram eleitas entre as principais atrações do mundo pelo Travellers Choice 2022 – Best of the Best, do Trip Advisor, e ficou em sétimo lugar no ranking mundial.
A vazão de água das Cataratas chegou a 24 milhões de litros por segundo nos primeiros dias deste mês de novembro, um volume considerado histórico. Medição parecida foi registrada em 2014. O volume é 16 vezes acima do normal: 1,5 milhão de litros por segundo.
No dia 30 de outubro desse ano a vazão chegou a atingir 24,2 milhões de litros por segundo.
Apesar da vazão extraordinária, o lado brasileiro do parque continua aberto para visitação. O lado argentino precisou ser fechado por precaução até o fechamento desta edição (09/11)
Desde o início do monitoramento da vazão no Parque Nacional do Iguaçu, na década de 1970, apenas outras duas vezes a quantidade de água foi maior: em 1983, com 35 milhões de litros por segundo, e em 2014, com 46,3 milhões.
