Acessórios para piscicultura: saiba porque eles são essenciais

Em 2018, o Brasil produziu mais de 700.000 toneladas de peixe, de acordo com dados da Associação Brasileira de Piscicultura (Peixe BR). Isso representou um aumento de 4,5% em relação ao ano anterior, e a expectativa é de ainda mais crescimento para os próximos anos.

Para você, que pretende iniciar no ramo ou já faz parte dele, preparamos este artigo com os principais acessórios para piscicultura que você precisa ter no seu negócio. Continue a leitura para conferir!

Equipamentos de proteção individual (EPI)

Os equipamentos de proteção individual são dispositivos usados por cada colaborador a fim de garantir sua saúde e segurança enquanto trabalha. Vale lembrar que um ambiente de trabalho seguro é uma obrigação dos empregadores e direito dos trabalhadores, o que torna esses acessórios indispensáveis.

Os piscicultores estão expostos a ferimentos decorrentes de objetos cortantes e pontiagudos, de quedas provocadas pelo piso escorregadio, de picadas de insetos e animais peçonhentos e do manuseio das próprias espécies cultivadas. Além disso, também existem os riscos associados ao contato com produtos químicos, organismos causadores de doenças, umidade excessiva e raios ultravioletas.

Assim, estes são alguns dos EPIs recomendados:

  • calça impermeável em PVC: protege os membros inferiores de produtos químicos, cortes e lesões;
  • boné árabe: protege cabeça e pescoço do sol e calor, evitando queimaduras e insolação;
  • mangote e luvas: protegem braços e mãos de objetos cortantes;
  • botas de segurança: protegem os pés de cortes, perfurações, escorregões e quedas de objetos;
  • protetor solar: protege a pele contra raios solares;
  • colete salva-vidas: protege contra afogamentos.

É importante ressaltar que os EPIs precisam ter a indicação do Certificado de Aprovação (CA), o qual garante que esses equipamentos estão dentro das normas técnicas exigidas para sua comercialização.

Equipamentos de proteção coletiva (EPC)

Assim como a segurança individual, também é preciso tomar medidas que garantam a segurança coletiva dos colaboradores que estejam executando uma mesma atividade. Além disso, os EPCs também protegem outras pessoas que estejam presentes no local.

Os principais EPCs para piscicultura são:

  • materiais para prestação dos primeiros socorros, conforme os regulamentos do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional;
  • sinalizações de segurança, informando sobre riscos de afogamento e contendo telefones de emergência;
  • mapas de riscos, informando sobre os perigos físicos, químicos, mecânicos, biológicos e ergonômicos presentes em cada setor de produção.

Rede de proteção contra pássaros

Um dos problemas enfrentados na piscicultura é a ação de pássaros predadores, que podem reduzir drasticamente a população dos peixes cultivados. Se medidas protetivas não forem tomadas a tempo, a ação desses animais pode comprometer a lucratividade da fazenda.

Além do comportamento predatório, as aves também são potenciais transmissoras de doenças, pois entram em contato com diversos outros tipos de organismos que podem ser nocivos aos peixes e contaminantes da água.

Isolar os tanques com redes de proteção contra pássaros é a maneira mais efetiva de prevenir que as aves se alimentem dos peixes e lhes transmitam doenças, sendo úteis também para a proteção contra ataques de outros predadores.

Uma boa rede de proteção deve ser resistente a intempéries, como ventos e chuvas fortes, e também ter proteção contra raios ultravioletas. Elas devem ser razoavelmente firmes para evitar que o peso dos pássaros as faça ceder, mas não em excessivamente firmes para que os pássaros não se enrosquem nelas.  A manutenção das redes deve ser periódica, caso contrário os predadores podem entrar por elas e não conseguir sair.

Equipamentos para monitoramento da água

A qualidade da água é essencial para a saúde e o desenvolvimento dos peixes cultivados. Assim, oxigênio, temperatura, pH e transparência devem ser monitorados para que fiquem em níveis ideais.

Termômetro

A temperatura é uma das características mais importantes da água, pois determina todo o comportamento fisiológico do peixe. Algumas espécies se desenvolvem melhor em certas temperaturas e, como os peixes não conseguem controlar sua temperatura corporal, é essencial que a temperatura da água se mantenha em um nível ideal.

O termômetro usado para a medição pode ser digital ou de mercúrio. Dependendo da profundidade, devem ser medidas a superfície, o meio e o fundo do tanque. Já em tanques mais rasos, a temperatura de um nível pode ser representativa da temperatura do tanque inteiro.

Oxímetro

O oxigênio é um dos fatores mais importantes para o sucesso de um negócio em piscicultura. A baixa quantidade de oxigênio dissolvido na água diminui a taxa de crescimento dos peixes, causa o acúmulo de gases tóxicos no fundo do tanque e pode levar até à morte dos animais.

Para usar um oxímetro, basta seguir as instruções do fabricante. A concentração de oxigênio é medida em miligramas por litro, devendo ficar acima de 3,0 ml/L.

Peagâmetro e kit colorimétrico

O solo, a respiração dos organismos aquáticos e a fotossíntese são os fatores que influenciam no pH da água dos tanques, sendo que variações são esperadas ao longo do dia. O ideal é que o valor se mantenha entre 6,5 e 8 para atender à maioria das espécies.

Existem várias maneiras de se medir o pH, porém as mais usadas são o kit colorimétrico e o peagâmetro.

Disco de Secchi

As microalgas são as principais produtoras de oxigênio na água e dependem da luz solar para se reproduzirem. Uma água com pouca transparência impede a penetração dos raios solares, consequentemente prejudicando a oxigenação dos peixes.

A medição é feita com um disco de Secchi preso a um cabo de madeira por uma fita métrica. Assim, é só afundar o disco na água até que não seja possível vê-lo. A transparência ideal deve estar entre 40 e 60 cm.

Aeradores

Aeradores são de extrema importância para evitar os problemas relacionados à falta de oxigênio. Eles são colocados na superfície dos tanques e garantem que os animais recebam a quantidade adequada. Isso contribui significativamente para o bem-estar dos peixes, que crescem mais rápido e aumentam sua taxa de conversão de alimento.

Além de tudo isso, os aeradores também permitem que mais peixes sejam produzidos por metro quadrado, sendo essenciais para a produtividade.

A piscicultura é um mercado em expansão no Brasil. E não é por menos: além de produzir alimentos altamente nutritivos, a atividade é responsável por gerar um milhão de empregos no país e oferecer serviços diversificados com o cultivo de várias espécies aquáticas.

Essas e outras vantagens fazem desse um ótimo investimento no ramo alimentício. Com os acessórios para piscicultura que apresentamos nesse artigo, você já tem uma ideia do que é preciso para iniciar essa empreitada.

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