A curiosa origem do kart

Um modo de espantar o tédio e injetar um pouco de adrenalina. Foi essa a motivação de alguns militares nos EUA que, após a segunda guerra mundial, já na década de 50, criaram os primeiro modelos de kart da história.

O americano Art Ingels é considerado o pai do kart pois ele fabricou as primeiras unidades com a marca Kurt Kraft.

O primeiro kartista foi o piloto Lou Borelli, que acabou se tornando sócio de Ingels e juntos montaram a primeira fábrica de kart do planeta, a Ingels-Borelli Kart. A fábrica produzia o chassis Caretta.

A primeira prova disputada foi em 1956, num circuito improvisado no estacionamento do Rose Bowl, na Califórnia. A partir desse evento o esporte se tornou conhecido e começou a se popularizar ao redor do mundo.

Kart chega ao Brasil

Dez anos depois de começar a ser fabricado nos EUA o kart chega ao Brasil. A primeira prova por aqui aconteceu em agosto de 1960 numa pista montada em um loteamento que mais tarde seria o bairro Jardim Marajoara, em São Paulo.

O vencedor desta primeira prova foi o piloto conhecido como Maneco e foi organizada por Cláudio Rodrigues, responsável pela montagem do primeiro kart nacional: o Rois Kart.

500 milhas, 12 horas e 5 pilotos por equipe

As 500 Milhas disputadas anualmente no kartódromo da Granja Viana, em São Paulo, é a prova mais cobiçada pelos kartistas do Brasil, pois reúne a nata de equipes e pilotos, inclusive profissionais.

Os maiores campeões brasileiros da Fórmula 1 da história começaram pelo kart. Wilson Fittipaldi e seu irmão Emerson, Rubens Barrichelo, Tony Kanaan, Felipe Massa e o ídolo máximo Ayrton Senna todos eles correram e disputaram provas de kart no Brasil e no exterior antes de brilharem nas pistas das principais categorias do automobilismo mundial. E todos eles sempre citavam a escola essencial do kart em suas carreiras.

As categorias por faixa etária

Todas as normas, regras e diretrizes para a prática e as competições oficiais da categoria são regidas pela CIK/FIA (Comissão Internacional de Kart da Federação Internacional de Automobilismo).

Já aqui no Brasil a entidade máxima é a CBA (Confederação Brasileira de Automobilismo), através do Departamento CNK (Comissão Nacional de Kart). A CBA se encarrega de definir regras e regulamentos.

Entre essas normas destaca-se a que dividiu as categorias de modo que a competitividade entre os pilotos fosse respeitada. A idade mínima permitida para a prática do kart é de 6 anos.

Mirim – Pilotos com idade entre 6 e 8 anos.

Cadete – Pilotos com idade entre 8 e 11 anos.

Junior Menor – Pilotos com idade entre 10 e 13 anos.

Junior – Pilotos com idade entre 12 e 14 anos.

Novato – Pilotos iniciantes e com mais de 14 anos de idade.

Graduado – Pilotos com mais de 14 promovido de categoria inferior.

Sênior B – Para pilotos com idade mínima de 25 anos.

Sênior A – Para pilotos PGKB ou PGKA

Super Senior – Competem pilotos com mais de 40 anos de idade

Vintage Kart –  Competem karts nacionais ou importados fabricados antes de 1984.

Kart Indoor x Profissional

Há duas modalidades de kart: a indoor e a profissional. O kart indoor (disputado em pistas fechadas e com cobertura) é muito comum nas grandes cidades e acaba sendo uma opção de lazer muito procurada para quem gosta de velocidade, competição e adrenalina. Esses modelos podem atingir até 70km/h.

Já no kart profissional, como já fica expresso no nome, as competições e a performance são a essência. Existem 8 categorias nessa modalidade cujos critérios vão desde a experiência do piloto até a idade. Vale destacar que as máquinas nessa categoria atingem até 140 km /h, o dobro portanto da Indoor. Veja abaixo como são divididas e caracterizadas as categorias profissionais:

  1. Cadete – Categoria com chassi de material ferroso, motor com refrigeração a ar, embreagem com 20 dentes e os pneus são do tipo MG vermelho.
  2. Mini Max – Configuração semelhante à Cadete, a diferença é o motor e o tipo de carburação.
  3. Micro Max – Nesta categoria a diferença para as duas acima é a coroa e o pinhão. Com 65 e 12 dentes, respectivamente.
  4. Rotax Max – Essa aqui é para adultos, portanto a mecânica é diversa das categorias acima. Os principais componentes devem ser homologados pela CBA e CIK/FIA.
  5. Rotax DD2 – Nessa categoria os chassis precisam ser homologados pela Rotax, até porque os motores são bem mais potentes. Os pneus aqui são do tipo kart profissional MG Branco.
  6. F4 – Aqui é exigida carenagem completa em karts equipados com motor Honda GX 390 refrigerado a ar.
  7. Shifter Rok – Nessa categoria o chassi deve ser homologado pela CBA e o motor é o Vortex Rok Shifter. Os pneus são do tipo MG SM Amarelo.
  8. Sixspeed – Também devem ter chassi homologado pela CBA, possuem freio completo (acionado pelo pé esquerdo) além de sistemas também completos. Alguns motores são permitidos aqui, como o ASPA, KK1, MKZ e KK2.

Campeonatos Profissionais

FIA Karting Championship: Organizado pela Federação Internacional do Automóvel (FIA), o FIA Karting Championship é o principal campeonato internacional de kart profissional. Ele engloba várias categorias, como OK, OK Junior, KZ e KZ2, com pilotos de todo o mundo competindo em circuitos renomados.

CIK-FIA European Championship: Esta é uma série de corridas de karting de alto nível realizadas em todo o continente europeu, organizada pela Comissão Internacional de Karting (CIK), uma divisão da FIA. É uma das competições mais prestigiadas para jovens pilotos que buscam ascender ao automobilismo de elite.

Muitos países têm seus próprios campeonatos nacionais de kart profissional, com diferentes categorias e níveis de competição. Estes podem servir como trampolim para os pilotos que desejam entrar nos campeonatos internacionais.

Campeonatos amadores

Campeonatos de Clube: Muitos clubes e pistas de kart ao redor do mundo organizam seus próprios campeonatos amadores. Esses campeonatos geralmente são voltados para entusiastas locais que desejam competir em um ambiente divertido e competitivo.

Ligas Amadoras: Algumas regiões têm ligas de kart amadoras organizadas, que podem incluir várias pistas e eventos ao longo de uma temporada. Essas ligas são uma ótima maneira para os pilotos amadores competirem regularmente e se envolverem na comunidade de kart local.

Eventos de Endurance: Além das corridas de sprint tradicionais, os eventos de Endurance de kart também são populares entre os pilotos amadores. Estes eventos podem variar de algumas horas até corridas de 24 horas, exigindo resistência física e estratégia de equipe.

Ambos os campeonatos – profissionais e amadores – contribuem para a vitalidade e o crescimento contínuo do esporte, pois oferecem oportunidades para pilotos de todos os níveis de habilidade e ambição.

Os números incríveis do mais jovem campeão brasileiro

Pedro Campos é um fenômeno notável no mundo do kartismo, com uma carreira impressionante apesar de sua tenra idade. Sua conquista como bicampeão brasileiro de kart aos 8 anos de idade é verdadeiramente excepcional, destacando-se como o mais jovem campeão brasileiro da história ao conquistar seu primeiro título com 7 anos de idade (e alguns meses).

Além disso, suas seguidas performances nas corridas ao competir com sucesso contra pilotos mais velhos – em categorias superiores – são extraordinárias. Ser capaz de acumular um total de 4 vice-campeonatos, 57 vitórias, 49 pódios e 20 poles em apenas 2 anos é um feito impressionante que comprova o talento e a habilidade inata do jovem Pedro, ainda uma criança mas com o foco e a concentração que muitos adultos não conseguem atingir.

Pedro está claramente no radar como estrela ascendente no mundo do kartismo, pois vem sendo reconhecido não apenas por especialistas do esporte mas também pela mídia como um dos pilotos mais promissores e talentosos do Brasil e do mundo.

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