4 alternativas de captação de água da chuva para usar no campo

Bastante incentivada na agricultura e em outras atividades, a captação de água da chuva é reconhecida pelos benefícios proporcionados ao meio ambiente. No entanto, essa prática também apresenta uma série de vantagens para produtores rurais, pois promove a economia a partir do racionamento de água e aumenta a oferta dela em períodos de seca.

Além disso, existem técnicas de captação desenvolvidas especialmente para melhorar o desempenho do solo em regiões que não contam com chuvas ou abastecimento frequentes. Continue a leitura do artigo para conhecer quatro alternativas incríveis e capazes de transformar seu cultivo!

1. Poços

A perfuração de poços é uma das opções mais conhecidas para captar água. Embora poços sejam voltados para fontes subterrâneas, há a possibilidade de adaptá-los para a armazenagem de água da chuva em épocas de muita seca, quando os lençóis freáticos costumam cair de nível.

Nesse caso, acontece uma canalização com um sistema de filtragem para conduzir a água até o destino final. Assim, ela pode ser captada em telhados ou escoada pela superfície do terreno. É muito importante que a localização dos poços tenha o planejamento adequado, pois não deve ficar perto de fossas, enxurradas, animais e outras fontes de contaminação.

Existem três principais tipos de poço que se diferenciam por suas técnicas de construção e sobre os quais falamos a seguir.

Poços caipiras

Muito comuns no meio rural por conta da simplicidade e do baixo custo, poços caipiras são perfurados manualmente até se atingir a camada mais superficial do lençol freático. Por serem feitos sem tanto conhecimento técnico, costumam apresentar maior suscetibilidade a a contaminações.

Entretanto, é possível evitar problemas seguindo as seguintes medidas de segurança para esse tipo de estrutura:

  • revestimento interno de alvenaria ou concreto para impedir infiltrações;
  • selo sanitário de argila ou concreto;
  • elevação de alvenaria ou concreto que elimine o risco de escoamentos;
  • tampa de concreto armado, chapas de metal ou plástico.

Poços artesianos e semi-artesianos

Dois tipos de poço tubular, que se diferem dos caipiras por serem mais trabalhados. A perfuração ocorre com o uso de máquinas e apenas alguns centímetros de diâmetro, e a profundidade consiste em outra característica marcante. Já o revestimento é feito com canos de ferro ou plástico, capazes de conduzir a água do solo até a superfície.

Os poços artesianos convencionais produzem uma pressão no solo que faz a água jorrar naturalmente, sem qualquer outro tipo de interferência. Enquanto isso, os semi-artesianos usam um sistema de bombeamento para forçar a água até o local de armazenagem ou abastecimento.

Do ponto de vista sanitário, os poços tubulares entregam mais segurança. Porém, ainda exige cuidados especiais visando a manutenção da qualidade da água, a limpeza constante e o desentupimento. Além disso, a água precisa passar por análises químicas periódicas como garantia de que continua própria para uso.

2. Sistema com calhas e cisterna

As cisternas fazem parte de um sistema bem prático para o reaproveitamento da água da chuva. Não por acaso, são bastante empregadas em atividades domésticas e agrícolas. A água é captada pelas calhas da residência, conduzida até um filtro que elimina impurezas mecanicamente e então armazenada em um reservatório, que pode ser elevado, enterrado ou nivelado ao solo.

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As cisternas elevadas não precisam de bombas para o abastecimento, pois a drenagem se dá naturalmente pela ação da gravidade. As enterradas são semelhantes a um poço, evitando a proliferação de micro-organismos por bloquearem a incidência de luz. Já o último tipo é mais conveniente pelo baixo custo de instalação e mão de obra.

Esse método de coleta não torna a água própria para consumo humano, pois não descarta resíduos como partículas de poeira, fuligem, sulfato, amônia e nitrato. O recomendado é que se rejeite os primeiros litros de água coletada, devido à sujeira que se acumula nas calhas.

É muito importante que as cisternas não sejam instaladas próximas de encanamento e outras fontes de água potável, para minimizar ao máximo o risco de contaminações.

3. Barragem subterrânea

A barragem subterrânea é outra técnica voltada para captação de água da chuva. Sua construção envolve a abertura de uma vala no solo, de onde se ergue uma parede que vai desde o subsolo até a superfície. A estrutura opera no sentido contrário ao fluxo da água, uma vez que a função é interceptá-lo para forçar a elevação do lençol freático.

O sistema atua como um grande reservatório, que pode ser usado tanto na irrigação da lavoura quanto no processo de formação de áreas de plantio. Isso acontece porque é muito eficaz em reter a umidade no solo, o que permite o cultivo de plantas mesmo durante os períodos de estiagem.

Trata-se de um recurso especialmente útil para produtores rurais de regiões que sofrem com a seca. Afinal de contas, são estruturas acessíveis e capazes de garantir a produção de alimentos com menos dependência de outras fontes de água.

4. Captação de água da chuva in situ

A captação in situ consiste na modificação da superfície do solo para a formação de sulcos sucessivos — também chamados de camalhões, responsáveis pela intensificação do escoamento. É uma técnica voltada especificamente ao plantio, pois os sulcos são aproveitados para a semeadura.

A água da chuva fica armazenada nas depressões ao longo das fileiras, facilitando a infiltração no solo para a posterior absorção diretamente pelas raízes das plantas. A retenção da umidade figura como fator primordial para o sucesso do método, portanto alguns cuidados estruturais devem ser tomados.

A vantagem da técnica em relação ao método tradicional de plantio é que ela favorece tanto a saúde do plantio quanto a do solo, pois previne erosões e promove a conservação de nutrientes.

A captação de água da chuva é uma medida altamente recomendável na agricultura, permitindo seu crescimento sustentável por meio do racionamento dos recursos hídricos. Apesar de não ser adequada ao consumo humano, seu aproveitamento recebe incentivo em outras atividades agrícolas, como irrigação, lavagens de máquinas, equipamentos e instalações.

E você, utiliza algum método para captar água da chuva? Como sua lavoura se beneficia disso? Compartilhe o post nas redes sociais e divida experiências com seus amigos!

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